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29 de setembro de 2008

FELIZ ANO NOVO!!! ROSH HASHANÁ / 5769

Hoje começam as comemorações do ano novo de n° 5769 pelo calendário judaico.
Admiro os povos que conseguem conviver com todas as inovações tecnológicas, e ainda manter tradições familiares que ultrapassaram gerações.
É bem complicado para quem não viveu estas tradições (como eu) entender tantos significados das comemorações, mas mesmo assim acho tudo muito lindo!

Para quem comemora...  UM FELIZ ANO NOVO!!!

Para quem quiser ler um pouco sobre isso (é um texto grande, mas vale a pena):


' ROSH HASHANÁ
Rosh Hashaná, celebrado nos dias 1º. e 2º. de Tishri, corresponde ao ano novo judaico. Seu significado, porém, é muito mais amplo do que o do simples início de um ciclo. À idéia de tempo se unem conceitos de responsabilidade e de julgamento, que conferem a esta festa seu caráter grave e solene.
Correspondendo às suas diversas explicações, encontramos na liturgia três nomes para Rosh Hashaná: YOM TERUÁ, ou seja, o dia em que se deve fazer soar o Shofar. YOM HAZIKARON, dia da recordação. Duas classes de lembranças ocorrem na mente do judeu: a de responsabilidade como filho de Israel e a de seus atos pessoais no ano findo. Um ciclo de vida encerrou-se, com seu enredo de alegrias e atribulações; e antes de transpor o umbral do novo ano, olha retrospectivamente para a própria conduta e pede-se a D’us a absolvição pelas faltas cometidas. Porque Rosh Hashaná é também: YOM HADIN, o dia do julgamento. O senso de responsabilidade, possuído por todo ser humano face às suas ações é o que imprime a este dia sua severa condição, pois, se não está nas mãos do homem escolher o seu destino, ele pode, contudo, encaminhar sua vida e empregar bem ou mal as forças que D’us põe a seu alcance. E diante da iminência do julgamento Divino sobre os frutos desse livre arbítrio, o ser humano invoca clemência e roga: “Inscreve-nos no Livro da Vida, da redenção e salvação”. Ao saudarem-se nesta festa os israelitas dizem: “Leshaná Tová Tikatevu” (Sede inscritos para um ano bom).
As orações deste período despertam seu otimismo e o sentimento de sua responsabilidade. O homem é bom por natureza, e livre: D’us põe em suas mãos os meios de renovar-se sempre e indica-lhe os caminhos que levam à Sua graça: TESHUVÁ – arrependimento, que implica uma renovação espiritual e moral. TEFILÁ – oração e submissão diante de D’us, que rege nossos destinos e respeito aos seus mistérios e TSEDAKÁ – justiça, que o ser humano deve lutar por implantar na terra.
Mas TESHUVÁ e TSEDAKÁ significam algo mais que religiosidade passiva e amor à justiça; exigem a prática dessas virtudes demonstrada por nosso amor ao débil, em nossa solidariedade com o oprimido e o necessitado. Justiça e Caridade são expressas em hebraico com a mesma palavra: TSEDAKÁ. Assim, portanto, no exercício da caridade o judeu vê uma reparação justiceira da desigualdade reinante entre ricos e pobres, reparações que as orações de Rosh Hashaná o induzem a realizar.


ASSERET IEMEI TESHUVÁ – OS DEZ DIAS DE PENITÊNCIA
Os dez dias intermediários entre Rosh Hashaná e Yom Kipur são conhecidos com o nome de “dias de penitência”. Mediante orações, atos de caridade, perdão às ofensas recebidas e reparação das cometidas pela própria pessoa, pretende-se predispor a vontade Divina para o perdão, pois se crê que o julgamento de D’us ainda possa se modificar favoravelmente durante este período. Não se celebram casamentos nem se organizam festas. Somente pensamentos sérios e atos piedosos devem preencher estes dias que antecedem a data máxima do judaísmo.


Acendimento das velas de Rosh Hashaná:
Inicialmente deve-se ter o cuidado de acender uma vela piloto que permaneça acesa durante toda a festividade, da qual será usada a chama para acender a vela do dia seguinte.


“BARUCH ATÁ ADO-NAI ELO-HÊNU MÊLECH HAOLAM ASHER KIDESHÂNU BEMITSVOTAV VETSIVÂNU LEHADLIK NER SHEL YOM TOV”.
Primeiro acendem-se as velas e depois diz-se a BERACHA, com a cabeça coberta e as mãos levantadas em frente as luzes das velas.


YOM KIPUR
De todas as festividades judaicas, nenhuma tem um caráter tão peculiar como Yom Kipur. A profundidade de seu sentido e a austeridade de sua celebração fazem dela uma festa sem par, tanto na religião judaica como nas demais religiões.
Sua chegada, no dia 10 de Tishri, é um acontecimento de tal magnitude para a comunidade, que a vida parece fazer uma parada; deixam-se de lado todas as ocupações e preocupações, esquecem-se as necessidades físicas e as massas de indivíduos se apressam a mergulhar, durante um dia, num mar de purificação.


Mais de vinte e quatro horas de jejum absoluto, ofícios religiosos que absorvem todo o dia; tal é o aspecto externo de Yom Kipur. Mas qual o sentido íntimo desta efeméride sem par?
O nome Yom Kipur – Dia do Perdão – nos informa de um aspecto apenas de sua significação. “Porque neste dia se fará expiação por vós para purificar-vos de todos os vossos pecados; Perante Ad-nai ficareis purificados (Lev.XVI,30).
Isso é Yom Kipur, perdão e purificação, esquecimento dos erros e extirpação das impurezas da alma. Nobres conceitos que se tomam em sua acepção mais ampla. Não se trata unicamente do perdão Divino, que se invoca mediante a confissão das faltas e as práticas de abstinência, mas, também, do perdão humano, que exige o desprendimento da vaidade e contribui para a elevação moral. Quando chega Yom Kipur, cada judeu deve estender ao seu inimigo uma mão de reconciliação, deve esquecer as ofensas recebidas e desculpar-se pelas feitas aos outros, pois, limpo de todas as suas escórias físicas e morais, deve comparecer perante o Tribunal de D’us. Durante um dia inteiro ele permanece diante desse Tribunal numa ampla confissão de suas culpas, em humildade e arrependimento, não com o fim de rebaixar sua dignidade humana, mas para elevar-se acima de suas misérias morais e apagar toda sombra de pecado em seu interior. E assim, depurado, vislumbrar com mais claridade os caminhos do bem.
Yom Kipur é data de jejum absoluto que se interpreta não somente como uma evasão do terreno, mas como uma prova de nossa força de vontade sobre os apetites materiais que tantas vezes conduzem ao pecado. Por último, o jejum nos faz sentir na própria carne os padecimentos de tantos seres humanos que, por falta de meios, sofrem fome e sede.


ORIENTAÇÕES
“No décimo dia do sétimo mês, é o dia dos perdões, convocação de santidade será para vós. Nenhuma obra fareis, estatuto perpétuo será para vossas gerações. Dia de descanso solene é para vós, e afligireis vossas almas, aos nove dias à tarde, de uma tarde à outra, celebrareis o vosso dia de descanso”. (Lev. 23:27,31-32).
“E afligireis vossas almas”. Segundo a MISHNÁ esta aflição refere-se às cinco proibições estabelecidas para esse dia:
1. Jejum total. Exceto para os enfermos e debilitados; parturientes, dentro dos três dias do parto; meninos e meninas ainda menores de 13 e 12 anos respectivamente. (que devem jejuar o máximo que agüentarem);


2. Banhar-se;
3. Perfumar-se e maquilar-se;
4. Usar roupas, adereços ou sapatos de couro;
5. Manter relacionamento sexual.
Estes preceitos começam a vigorar desde o entardecer da véspera de Kipur, até a saída das estrelas do dia seguinte.
Recebendo a santidade do Dia: Acendimento das velas. BARUCH ATÁ ADO-NAI ELO-HÊNU MÊLECH HAOLAM ASHER KIDESHÂNU BEMITSVOTAV VETSIVÂNU LEHADLIK NER SHEL YOM HAKIPURIM.


BARUCH ATÁ ADO-NAI ELO-HÊNU MÊLECH HAOLAM SHEHECHEYÂNU, VEKIYEMÂNU, VEHIGUIYÂNU LAZEMAN HAZÊ.
Primeiro acendem-se as velas e depois se diz as BERACHOT, com a cabeça coberta e as mãos levantadas em frente das luzes das velas.


Antes de sair de casa, os pais abençoam os filhos. Na véspera de KIPUR veste-se TALET na Esnoga. Se vesti-lo antes do pôr-do-sol, diz-se a BERACHA usual. Porém, se vesti-lo depois, não diz a BERACHA.
Costuma-se usar roupas e Kipot brancas.
A reconciliação com D’us só é possível quando estamos em paz conosco e com nossos semelhantes, portanto, peça perdão a todos aqueles a quem você ofendeu ou destratou.
Você já deve ter feito sua Teshuvá (arrependimento). Faça sua expressiva Tsedacá (donativo). Tente elevar-se até D’us pela oração. Com as mãos limpas e o coração integro apresente-se humilde diante de D’us. Reze com fervorosa concentração e pureza d’alma.


Recorda-Te de nós para a vida, ó Rei que amas a vida.
Pelo Teu amor, D’us da vida, Inscreve-nos no Livro da Vida! '


Fonte:
Comitê Israelita do Amazonas

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