TEM UM GATO NO MEU PEITO...

Senta que lá vem a história...

O prédio onde trabalho foi aberto no final de semana para ser dedetizado.

Depois foi fechado.

Segunda...  ponto facultativo pelo dia do Funcionário Público (ebaaaaa), e o prédio ainda fechado.

Neste tempo todo... nenhuma boa alma passou por lá para passar um paninho nas mesas para tirar aquele pozinho suspeito!

Terça-feira uma das primeiras pessoas a entrar na sala??? Adivinha???

EU!!!! É CLARO!!!

Uma "diliça" aspirar tudo aquilo num ambiente onde tem pouca ventilação*.

(Pausa para explicação:

* O prédio foi construído com sistama de ar condicionado central que não funciona, portanto.... muitas salas não tem sequer janela para uma circulação decente de ar... parece piada, mas não é!!!)

Na hora, enquanto aparecia alguém para varrer o chão limpar as mesas, senti ele (o gato) subindo pela minha garganta!

Para ajudar um pouquinho, tem mais uma obra no andar, e bem neste dia começaram a quebrar o que parecia já estar quebrado nos banheiros que ficam bem em frente a minha sala sem circulação de ar.

Pó... barulho... pó... barulho... pó... pó... pó... dedetização... pó... barulho... pó... pó... pó...

Aguentei firme como geléia até quarta. Na quinta com uma tosse de cacchorro, o gato dominou de vez meu peito e parei de respirar...

Simples assim!

Muita tosse... Um broncodilatador aqui e outro alí.... de quinta até sexta só cama, tremedeira, inalação,  tremedeira, água...   muita água...

Agora o gatinho está mais calmo no peito... hoje já consegui andar um pouquinho, falar um pouquinho e até digitar um pouquinho (poucão pelo visto).

Tem muito email que não conseguirei responder por enquanto, e espero que compreenda... não consigo pensar muito ainda...

Mil desculpas, mas sem ar meu humor fica IN-SU-POR-TÁ-VEL!!! Não tenho ânimo pra ficar na frente do computador, nem no blog consigo pensar... depois eu conto se alguém acertou a charada, ok?

Tenho que me recuperar bem, pois a obra lá continua, e segunda tento voltar ao trabalho...

Foram pouquíssimas as vezes que fiquei atacada assim com tamanha falta de ar, parece até frescura, mas aos 18 anos sofri uma intoxicação com gás clorídrico...  Então o que para alguns pode parecer um sinples cheirinho mais forte, para mim chega a ser como o limite entre a vida e a morte, "literalmente".

Qualquer dia que eu tiver coragem eu conto com calma... a lembrança da sensação de chegar ao hospital inconsciente por falta de ar, me causa um certo pânico até hoje... desculpe!

O mais irônico desta histórinha toda???

O prédio onde trabalho é a sede da Secretaria Municipal da SAÚDE de São Paulo! 

O que dizer????

PREFIRO NÃO COMENTAARRRRR!!!!!